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Ivermectina injetável para cavalos |
Reproduzo aqui um artigo do Médico Veteirnário Henry Berger, sobre a utilização de ivermectina injetável para cavalos. Vale a pena ler com atenção sobre os fatos levantados por ele. VALE A PENA INJETAR IVERMECTINAS PARA BOVINOS EM EQÜINOS? Dr. Henry Berger, médico veterinário Merial Saúde Animal Desde a introdução da ivermectina no mercado veterinário, há mais de duas décadas, a vermifugação e o parasitismo em eqüinos têm sido alvos constantes de inúmeros trabalhos de investigação científica por parte de pesquisadores e parasitologistas em todo o mundo. Entretanto, mesmo com a existência de produtos em formulação pasta destinados exclusivamente para uso em equinos, como o Eqvalan, tem-se verificado uma intensificação no uso de ivermectinas injetáveis para bovinos em equinos, tanto pelas vias oral quanto pela intramuscular. A prática é motivada pela tentativa de redução de custos do haras ou da cocheira pelos criadores. Além da relação entre custo e benefício da aplicação desses medicamentos em cavalos não ser favorável aos proprietários, carrega diversos riscos potenciais aos animais. Em muitas áreas do Brasil, notadamente em Minas Gerais, interior do Rio de Janeiro e no Espírito Santo há forte tendência ao uso desses ivermectinas por via oral em cavalos. Veja os riscos reais desse procedimento: • Não há garantia de que haja absorção intestinal adequada destas formulações, não havendo consequentemente, garantia de eficácia da droga; • Não há garantia de que as concentrações usadas para bovinos sejam compatíveis em biodisponibilidade com a espécie equina, o que pode acarretar sérios riscos de subdosificação; • Alguns criadores, prevendo a incompatibilidade das concentrações entre bovinos e equinos, simplesmente “aumentam” de forma empírica e aleatória a dose injetável utilizada usualmente, podendo causar sobredosificação e desperdício; • O veículo destes compostos pode ser altamente irritante à mucosa gástrica, levando ao aparecimento de gastrites e lesões erosivo-ulcerativas como as úlceras gástricas; • Não há nenhuma comprovação científica de eficácia desta prática; o uso por parte de criadores tem se disseminado apenas pelo boca-a-boca, sem o respaldo de trabalhos sérios que corroborem dados de eficácia e segurança. Em algumas áreas do Rio Grande do Sul, Nordeste e principalmente Centro-Oeste, o uso destas mesmas ivermectinas injetáveis para bovinos pela via intramuscular em equinos mostra-se como prática mais comum. Conheça os riscos dessa prática: • Não há garantia de que as concentrações usuais para bovinos sejam compatíveis e adequadas para equinos em termos de farmacocinética e farmacodinâmica; • O veículo destes compostos favorece a anaerobiose, expondo o animal a toxemias sérias, clostridioses (há na literatura vários relatos de casos) e morte; • O veículo destas formulações também pode causar intensas irritações e infecções locais, como estafilococoses purulentas, além de hematomas e fibrose do tecido muscular adjacente; • Como a formulação não é adequada para emprego em equinos, em muitas situações observa-se a não-absorção do produto, havendo a formação de um cisto asséptico ou mesmo abscessos. Veja as consequências da aplicação de ivermectinas para bovinos nos cavalos, seja pela via oral, seja pela injetável: • Perda da função do membro ou região correspondente ao grupo muscular que recebeu a aplicação intramuscular, com inutilização deste animal para sua atividade usual, seja trabalho, esporte ou lazer; • Brusca queda de performance, emagrecimento, perda de apetite, irritabilidade e recusa ao trabalho em função de lesões gástricas; • Aparecimento de resistência parasitária à ivermectina, com recrudescimento da ocorrência de cólicas verminóticas trombo-embólicas e outras patologias correlatas ao parasitismo; • Perda do direito ao seguro que eventualmente o animal venha a possuir; • Gastos, muitas vezes infrutíferos, com medicamentos na tentativa de recuperar o animal; • Morte. Tendo em vista todos os aspectos observados, as relações de custo e benefício e de custo e riscos a que os animais estão expostos, fica evidente que tais práticas não compensam. O custo anual médio de um animal de 400 kg com vermifugação é de aproximadamente R$ 30,00 com produtos específicos para equinos. Se forem consideradas as médias dos últimos leilões Mangalarga Marchador, os custos com vermifugação destes animais na maior parte das vezes não ultrapassa 0,2% de seu valor individual em um ano inteiro. Quando se observa, porém, o valor individual de animais de esporte de alta performance, a realidade fica ainda mais gritante. Os custos para animais de salto, adestramento, CCE, enduro, baliza e tambor, rédeas, vaquejada e marcha facilmente atingem cifras superiores a R$ 50 mil. No caso de cavalos de salto são comuns negócios de US$ 100 mil. Além de todos os graves problemas e prejuízos físicos e econômicos a que cavalos e proprietários estão sujeitos, há ainda o aspecto jurídico. Uma vez que o uso oral ou injetável de ivermectinas para bovinos em equinos também é prática ilegal, caso algum dos problemas já descritos venha a ocorrer, o proprietário do animal estará completamente desamparado pela lei, uma vez que na bula destes medicamentos não há indicação para a espécie equina, o que isenta os fabricantes de toda e qualquer responsabilidade civil ou criminal. Por outro lado, veterinários que eventualmente apoiem a iniciativa poderão ser responsabilizados legalmente por proprietários lesados, pelo simples fato de utilizarem produtos “extra-label” sem advertir apropriadamente os mesmos quanto ao perigo em questão. Por fim, há o aspecto de perjúrio frente às companhias seguradoras. Para que um animal seja segurado pelas empresas existentes no mercado é necessário que o veterinário responsável assine um laudo pericial contendo todas as devidas informações e histórico clínico do animal. Neste relatório constam ainda dados sobre vermifugação e vacinação, que devem contemplar o uso de produtos específicos para equinos. Imagine que seu cavalo, segurado em R$ 20 mil, cujo prêmio anual pago foi de mil reais, venha a desenvolver um processo de cólica e necessite ser realizada laparotomia exploratória. Imagine ainda que este animal morra durante a cirurgia e a necrópsia revele trombo-embolismo verminótico. Certamente os peritos da seguradora investigarão sobre o histórico de vermifugação destes animais e descobrirão o uso de ivermectinas para bovinos injetáveis ou orais. Neste caso, além de não receber o valor do seguro e do reembolso cirúrgico, o proprietário e o veterinário correm o sério risco de serem processados por perjúrio e falsidade ideológica pela seguradora. Utilize sempre vermífugos indicados para a espécie equina, produzidos por laboratórios idôneos. Não exponha seu campeão a riscos desnecessários e injustificáveis. |
MATÉRIAS PARA O LINK DE MATÉRIAS
Excesso de Selênio na Dieta |
Muitas são as histórias que temos vivido e que são, sem sombra de dúvida, de interesse para todo clínico ligado aos cavalos. Em 1999, prestando assessoria a um cavaleiro de nível internacional (por razões óbvias, vou preservar o nome e a atividade esportiva do cavaleiro), fui chamado por este cavaleiro para auxiliar na solução de um problema que estava ocorrendo com alguns de seus animais após algumas etapas de provas seletivas para uma competição internacional. O problema que foi apresentado é que alguns de seus animais estavam apresentando início de Laminite logo após algumas provas (ligeira claudicação, pulso nos membros, etc.). Claro que a suspeita principal recaiu sobre a ração (a ração, sempre a ração – precisamos repensar se o erro é da ração ou do manejo que damos a ela quando ofertamos ao cavalo). Obviamente, antes de visitar o cliente, confirmei que não havia problema com a partida de ração que o cliente estava utilizando. Chegando ao Centro de Treinamento, busquei todas as informações possíveis sobre tudo que os cavalos comiam, como era o Treinamento dos animais e em que condições ocorriam as competições em que os animais apresentavam o problema. Constatando que o Treinamento dos Cavalos estava dentro da técnica adequada sem sobrecarregar os animais e as provas seguiam um nível adequado ao treinamento, comecei a analisar a alimentação do animal. E aqui entra uma importante forma de observação. Os animais eram alimentados com o que havia do bom e do melhor. Feno de Coast-cross de excelente qualidade, concentrado equilibrado em ótima quantidade (3,5 a 4 kg ao dia de ração alta energia – para um animal de 450 kg) e uma boa gama de suplementos. Aparentemente, poderíamos descartar a possibilidade de um problema nutricional, pois o animal estava recebendo tudo o que deveria. Os suplementos eram do tipo Minerais Quelatados, Vitamina E e Selênio, Eletrólitos, além, é claro, de sal mineral para Equinos. E aí é que a coisa pega, pois o que nos parece equilibrado, na verdade está superalimentado. O que normalmente esquecemos de observar é se não há excessos alimentares na dieta de nossos cavalos. Excessos não são apenas por uma grande quantidade, mas também pela utilização de um elemento por um período contínuo, muitas vezes sem que haja necessidade desta suplementação. Em nossos estudos, a literatura cita que “a administração contínua e ininterrupta de Selênio pode causar uma carência Induzida de Enxofre, mineral essencial para a formação de aminoácidos sulfurados, fundamentais para a formação do casco”. Há aproximadamente 03 anos, este cavaleiro oferecia, ininterruptamente, um suplemento a base de Selênio e Vitamina E, independente do nível de atividade dos animais. Foi suspenso o fornecimento deste Suplemento por 15 dias e somente oferecido aos animais em períodos onde a atividade física é mais intensa. Claro que esta atividade mais intensa ocorre na maior parte do ano, mas no chamado período de férias do animal, onde a atividade deve ser somente reduzida e não interrompida, não ocorre o fornecimento deste suplemento, além de um período de redução da atividade entre as provas e competições. Retornando ao CT após 06 meses não ocorreram mais casos de início de Laminite, onde a dieta dos animais foi adequada ao nível de treinamento, inclusive o fornecimento dos suplementos. Claro que não podemos afirmar com certeza absoluta, indiscutível, se foi o Selênio que causava esta patologia, mas, eliminando-se isto como causa, eliminou-se o problema. |
Complementação Alimentar Equilibrada dos Cavalos |
Para alimentação adequada do cavalo, devemos respeitar sua natureza, suprindo suas necessidades básicas. É fundamental ter em mente que o cavalo é um animal herbívoro, que se alimenta especialmente de vegetais, normalmente chamados de volumosos, ou simplesmente “verde”, ou mesmo forrageiras. Estes podem ser fornecidos sob a forma gramíneas frescas, feno ou mesmo silagens. Após termos suprido as mínimas necessidades para manutenção do cavalo, aí sim, conforme atividade a que vamos submetê-lo, seja um potro em crescimento, égua em reprodução ou cavalo de esporte e trabalho, devemos oferecer-lhe os complementos de uma alimentação, para que possamos atingir os níveis Energéticos e/ou Protéicos suficientes para suprir estas novas necessidades, mas sempre respeitando sua natureza, valorizando o volumoso. A Ração na verdade deve ser chamada de complemento corretor, pois esta deve ser sua função: complementar e corrigir as necessidades do animal, que o volumoso disponível não consegue suprir. Ela deve ser equilibrada, oriunda de empresas idôneas para se ter garantia da qualidade do produto. Existem vários tipos de apresentação de ração: Farelada, Peletizada, Laminada ou Extrusada. Existem ainda as matérias-primas (aveia, milho, trigo, etc.) que muitos criadores/proprietários de animais oferecem misturado à ração balanceada. Ocorre que estas matérias-primas são, em geral, muito ricas em fósforo (a relação Ca:P pode ser de 1:3 quando o ideal é 1,8:1) o que leva a um desbalanceamento na relação cálcio/fósforo sanguíneo levando a graves problemas como a cara inchada. Quanto às apresentações de rações industrializadas, não devemos nos preocupar com a aparência do produto (peletizada, laminada ou extrusada), mas principalmente com os níveis de garantia destes produtos. Tecnicamente falando, um produto extrusado é superior a este mesmo produto laminado e este mesmo produto peletizado. Isto não quer dizer que qualquer produto extrusado é superior a outros, nem que toda ração laminada é superior às peletizadas, mas sim o que determina a superioridade de um produto em relação ao outro são os componentes que constituem esta ração. O que mais importa na avaliação da qualidade de um produto são seus níveis de garantia, principalmente valores de qualidade de energia e proteína. A qualidade de sua energia também pode ser avaliada através do valor de seu extrato etéreo, que é o valor de gordura de uma ração, onde, se este valor for alto, a qualidade de sua energia, e também de sua proteína, deverão ser elevados. Existem rações peletizadas no mercado que podem possuir qualidade energética e proteica muito superior às laminadas e extrusadas. Devemos estabelecer realmente quais as necessidades do cavalo para podermos suprir de forma adequada e obtermos os melhores resultados de performance e também na saúde do animal. A escolha da ração certa poderá fazer uma enorme diferença no resultado esperado em nossos animais. Podemos dividir o manejo alimentar dos cavalos em 5 categorias básicas: 1.Manutenção: Onde as necessidades básicas podem ser supridas simplesmente com volumoso, sal mineral e água. Porém, se formos alimentar nossos animais com feno, por exemplo, o custo tende a ser mais barato se suplementarmos com uma ração de manutenção, com cerca de 10 a 12% de proteína bruta e 2 a 3 % de extrato etéreo. As quantidades não devem ultrapassar 1% do peso vivo do animal, sendo suficiente, muitas vezes, 0,5 a 0,8%. Isto é, para um cavalo de 400 kg de peso, não ultrapassar 4 kg diárias, sendo suficiente 2 a 3 kg, sempre divididos em 2 a 3 refeições. 2.Éguas em Reprodução: nesta fase, temos 2 sub-fases: a.Início da Gestação – 1º ao 8º mês: necessidades semelhantes às de manutenção, onde uma ração com 10 a 12% de proteína bruta e 2 a 3 % de extrato etéreo podem ser suficientes. b.Terço Final de Gestação (8º ao 11º mês) e Lactação: Necessidades muito elevadas em relação ao início. A ração já deve ter cerca de 15% de proteína bruta com 3 a 5% de extrato etéreo. A quantidade já deve ser no mínimo 0,9% do peso vivo, podendo chegar a 1,2% no início da lactação. Isto, para uma égua de 500 kg de peso vivo, um mínimo de 4,5 kg de ração eum máximo de 6 kg diários, sempre divididos em 2 a 3 refeições. 3.Potros em Crescimento: Dividido em 3 fases: a.Potro em Lactação: O potro começa a ingerir alimento sólido ainda ao pé da mãe, logo no primeiro mês de vida. Entretanto, ele se alimenta realmente só de leite até o 3º mês de idade. A partir desta fase, ele começa a se alimentar de volumoso e ração, aliado ao leite. Ainda ao pé da mãe, a alimentação sólida é apenas complementar ao leite, sendo suficiente 1% do peso vivo por dia (1 kg de ração para cada 100 kg de peso vivo), dividido em 2 refeições. b.Após o desmame até os 18 meses de idade: Deve-se utilizar uma ração apropriada para potros, com 17 a 19% de proteína bruta e 3 a 5% de extrato etéreo, nessa mesma proporção, 1% do peso vivo em ração, dividido em 2 refeições. c.Dos 18 aos 36 meses: deve-se oferecer uma ração com 15% de proteína bruta e 3 a 5% de extrato etéreo, mantendo-se a mesma proporção de 1% do peso vivo em ração, dividido em 2 refeições. 4.Garanhões: Dividida em 02 fases: a.Garanhões em Manutenção: São as mesmas necessidades de um outro animal em manutenção, onde as necessidades básicas podem ser supridas simplesmente com volumoso, sal mineral e água. Caso ofereça uma ração, esta pode ser com 10 a 12% de proteína bruta e 2 a 3% de extrato etéreo. A quantidade não deve ultrapassar 1% do peso vivo do animal, sendo suficiente, muitas vezes, 0,5 a 0,8%. b.Garanhão em Monta: Aqui as necessidades são bem superiores, especialmente no que diz respeito à energia da ração. Pode-se utilizar uma ração com 10 a 12% de proteína bruta e 3 a 6% de extrato etéreo. As quantidades variam de 0,8 a 1,2% do peso vivo em ração, dependendo da intensidade da monta. Isto é, para um garanhão de 500 kg, em monta leve, podem ser suficientes 4 kg de ração, podendo chegar a 6 kg em monta intensa. 5.Cavalos de Esporte: Nesta categoria as necessidades são essencialmente energéticas. Proteína de qualidade, mas não em quantidade. A ração pode ter de 11 a 12% de proteína bruta e o extrato etéreo pode chegar a 10%. Quanto maior o extrato etéreo, menor deverá ser a quantidade de ração oferecida (maior energia por kg de produto). As quantidades variam conforme a qualidade da ração e a intensidade do trabalho, de leve e muito intenso. Podem ser de 0,8 a 1,5% do peso vivo em ração. Algumas dicas fundamentais: 1.Para cada categoria animal, necessidades diferentes, qualidade e quantidades diferentes de complementos. 2.Não dê importância excessiva à quantidade de alimento, mas sim à sua qualidade. 3.Adote o princípio: “Mínimo necessário, não máximo obrigatório”. 4.Menores quantidades de alimentos por refeição, têm aproveitamento mais eficiente. Evite ultrapassar a oferta de 2 kg de ração por refeição para um cavalo de 500 kg. 5.Os excessos podem ser tão ou mais prejudiciais que as deficiências. 6.Devemos sempre levar em consideração as variações individuais de cada animal, tais como, raça, digestibilidade individual e temperamento. 7.Toda alteração alimentar, de grãos ou concentrados, deve ser lenta e gradual, mínimo de 3 semanas. 8.Mais de 90% das cólicas em cavalos são causadas por um mau manejo alimentar, que o homem impõe ao animal. 9.O volumoso deve ser no mínimo, 50% da dieta do animal. Quanto maior o consumo energético do animal, maior a necessidade de se complementar com grãos. 10.Mantenha sempre água fresca e limpa e sal mineral específico à disposição, qualquer que seja a categoria animal. |
Matérias | |||||
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Anemia Infecciosa Equina |
Esta doença. também conhecida como "febre dos pântanos", é produzida por um vírus. É mais freqüente em terrenos baixos e mal drenados ou em zonas úmidas muito florestadas.
Apresenta-se em várias formas clínicas, todas com importância e é disseminada em todo o mundo.
Os estudos iniciais desta doença foram realizados na França em 1843; em 1859 foi constatado pelo pesquisador Anginiard o caráter contagioso da doença, sendo que a primeira demonstração de doença virótica foi feita em 1904/1907.
No Brasil, a primeira descrição desta doença verificou-se em 1968, por Guerreiro e col.
Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes.
A doença tende a apresentar-se sob forma enzoótica em fazendas ou áreas, não havendo disseminação fácil e rápida, nunca se observando, segundo Scott, contágio de animal para animal.
Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes.
A doença tende a apresentar-se sob forma enzoótica em fazendas ou áreas, não havendo disseminação fácil e rápida, nunca se observando, segundo Scott, contágio de animal para animal.
Graves perdas são causadas nas áreas endêmicas, podendo desaparecer a mortalidade com o passar do tempo.
Observação feita por Fulton, que injetou água de charcos na veia de eqüinos reproduzindo a AIE, veio confirmar a teoria de Lohr, isto é, de que a infecção natural advém da ingestão, pelos insetos transmissores, de água ou alimentos contaminados.
O vírus está presente no sangue, saliva, urina, leite, etc.
Os surtos aparecem quando é introduzido na manada um animal infectado ou portador. Casos crônicos podem existir em qualquer época do ano e, são mais suscetíveis os animais desnutridos, débeis e parasitados.
TRANSMISSÃO
É feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune.
As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se portados permanente.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crônica. Todavia o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
· a) febre que chega a 40,6c;
· b) respiração rápida;
· c)abatimento e cabeça baixa;
· d)debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
· e)deslocamento dos pés posteriores para diante;
· f)inapetência e perde de peso.
Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica.
Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas.
Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
A doença pode acometer eqüídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade. A Tem como vetor, insetos hematófagos, porém, a transmissão pode ocorrer através de agulha usada. Todo proprietário deve fazer duas vezes por ano, exame eliminando os animais positivos e comunicar à Casa da Agricultura.
Qualquer eqüídeo, para ser transportado precisa ter atestado de anemia eqüídeo infecciosa negativa.
PROFILAXIA
Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada; não introdução de animais infectados na fazenda; uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados.
TRATAMENTO
Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado.
CONTROLE
- Isolar os animais com sintomas suspeitos (fazer o Teste de Coggins);
- Retestar periodicamente todos os animais;
- Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoóticas sem os testes negativos recentes de imunodifusão;
- Drenar as zonas pantanosas e controlar os insetos transmissores;
- Todo material usado nos animais (para cirurgia, tatuagem, injeções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura por mais de 30 minutos;
- A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.
Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
Mula ou Burro |
· FILO: Chordata · CLASSE: Mammalia · ORDEM: Perissodactyla · FAMÍLIA: Equidae CARACTERÍSTICAS: · Comprimento: cerca de 2,70m · Altura: 1, 70m · Peso: até 400 kg · Tempo de vida: 40 anos |
Como é possível produzir um animal grande e forte como um cavalo e, ao mesmo tempo, resistente, trabalhador e dócil como um asno? A resposta é cruzar o jumento com a égua para obter um híbrido (animal que se origina do cruzamento de espécies diferentes). Os produtos dessa hibridação são conhecidos vulgarmente pelos nomes de burro, mulo e mula. A prole, que herda o tamanho e a constituição da mãe, é mais parecida com o cavalo do que com o asno. Cruzando uma jumenta com um cavalo obtém-se o bardoto. Este é mais difícil de criar e tem a desvantagem de ser menor e de herdar o temperamento birrento da mãe.
Além da força, a mula tem uma capacidade de equilíbrio admirável, que lhe possibilita andar pelos caminhos mais íngremes. Ela frequentemente aparece como heroína nos filmes de carga na Europa e nas Américas, principalmente nos campos de cana e algodão e nas minas.
O burro não consegue produzir espermatozoides por isso é estéril. A mula também é estéril porque não pode produzir óvulos. Outra explicação é que tanto o macho quanto a fêmea não têm os órgãos genitais bem desenvolvidos, o que dificulta o acasalamento.
Lucia Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
De olho na boca dos cavalos |
A rotina no cuidado dos dentes é essencial para boa saúde, bem estar e bom desempenho dos cavalos. |
O cavalo é um herbívoro nômade, tem seus dentes preparados para o pastoreio. Na natureza alimentava-se dos diversos tipos de forragens existentes em seu ambiente, assim causando um desgaste lento e mais homogêneo.
O homem alterou as dietas e padrões alimentares dos cavalos com a domesticação e confinamento, desta forma tornou os eqüinos mais suscetíveis aos problemas que se referem aos dentes e a mordedura.
São necessários exames periódicos que se inicia logo após o nascimento, a fim de identificar uma possível alteração congênita. Esse exame deve ser contínuo.
Logo após o nascimento o animal deve ser examinado , pois pode apresentar problemas, no palato (céu da boca), projeções e deformidades de maxila (onde se encere o grupo dos dentes superiores) e mandíbula (onde se encere o grupo dos dentes inferior) .
Até aos 5 anos são indicados exames semestrais pois não é raro encontrar casos de dentes decíduos persistentes ( dentes de leite que deveriam cair ) fragmentos que devem ser extraídos, caso esse problema não seja corrigido pode causar mal oclusão ( contato inadequado entre dentes inferiores e superiores) pela erupção desordenada dos dentes.
Em animais com idade superiores a 5 anos são comuns encontrarmos pontas e deformações nas arcadas proporcionando mal oclusão dos dentes molares (grupo de dentes posteriores ) e incisivos (grupo de dentes anteriores).
Na fase de doma e treinamento é essencial o exame dos dentes pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do cavalo mais fácil e menos estressante. Melhorando, por conseqüência, o resultado final.
É muito comum encontrar o “dente lobo” Este dente é vestigial é considerado o 1º pré-molar, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. A extração desse dente é parte da rotina do tratamento dentário. “ não confunda o dentes lobos com os caninos presente nos machos e em algumas fêmeas. |
“Desta forma podemos apontar a grande Importância do exame dos dentes do eqüino neonato ate o sênior”
Todos os cavalos devem ter seus dentes examinados no mínimo uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de problemas.
Quando o cavalo precisa de exame dos dentes?
Nos casos de:
• Perda de peso.
• Dificuldade de engordar.
• Incomodo com a embocadura,
• puxão nas rédeas
• abaixa e levanta a cabeça com frequência durante a montaria .
• balança a cabeça de um lado para o outro
• relutância com agressividade
• Derrame de ração fora do cocho
• Lentidão na mastigação e deglutição.
• Deposição do alimento dentro da boca
• Dificuldade da apreensão do alimento
• Cólicas recorrentes
• Fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes
• Descarga nasal
• Aumento de volume na cara
• Fistulas facial.
• Problemas considerados de temperamento ou doma
Cavalos que tem acompanhamento dos seus dentes periodicamente possuem melhor mastigação e digestão, apresentam uma considerável melhora no aproveitamento dos alimentos diminuindo o risco de cólica.
Percebesse conforto nas rédeas, regularidades de andamento e manobras.
A odontologia favorece melhoras notáveis nos animais, nos aspectos nutricionais e comportamentais, promovendo uma boa saúde e melhor desempenho dentro de suas atividades equestres. Sem contar o aumento da longevidade e vida útil.
Os exames e as correções dos dentes só devem ser feitos por um Médico Veterinário especializados ele saberá quais técnicas e equipamentos a serem utilizados, tipos de sedação e anestesia referente a cada caso em particular . Intervenções inadequadas poderão causar traumas e danos irreparáveis aos dentes, articulações e de todo conjunto relacionado a mastigação.
Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco
Medico Veterinário - atuante em odontologia eqüina.
Medico Veterinário - atuante em odontologia eqüina.
Cavalo - Dentição e Idade |
Cavalo - Anatomia |
Regiões do corpo As regiões do corpo do cavalo, em Exterior, são divididas em quatro partes: cabeça, pescoço, tronco e membros.
Lúcia Helena Salvetti De Cicco Diretora de Conteúdo e Editora Chefe |
Cavalo - Aprumos |
Entende-se por aprumos a exata direção que têm os membros, com relação ao solo, de modo que o peso corporal do cavalo seja regularmente distribuido sobre cada um daqueles membros.
O equilibrio do cavalo é verificado sempre que uma vertical baixada de seu centro de gravidade cai dentro da base de sustentação, espaço este limitado pelas linhas que ligam as extremidades inferiores dos membros.
Quando os membros são irregularmente aprumados, os pés sofrem ruína prematura e, prejudicam os andamentos e diminuem a resistência do animal.
Para se avaliar corretamente o aprumo do cavalo, o animal deve estar em estação, sobre um terreno plano e horizontal e com o apoio completo dos membros formando um paralelogramo retangular.
APRUMOS REGULARES
Membros Anteriores PERFIL - Deverá partir da articulação escápulo-umeral, na sua porção mais anterior e descer paralelamente ao membro, tocando o solo a cerca de 10 cm à frente da pinça do casco. Tirada do centro de sustentação da espádua sobre os membros anteriores, passar pelo meio do braço e tocar o solo pelo meio do casco como se o dividisse lateralmente em dois. (figura ao lado). FRENTE - Esta linha é uma vertical baixada da ponta da espádua ao solo. Dividir teoricamente o joelho, a canela, a quartela e o casco em partes iguais. |
Membros Posteriores VISTO DE PERFIL -baixada da ponta da nádega, tangenciando o jarrete, tocar o solo atrás dos talões. Baixada da soldra, toca o solo a cerca de 10 cm adiante do casco. É a linha baixada da articulação coxo-femural, quepassa pelo centro da perna e toca o solo, dividindo o casco pelo meio. VISTO DE TRÁS - baixada da ponta da nádega ao solo e dividir, a partir do jarrete, as regiões ao meio, ficando entre os cascos uma distância igual a largura destes. |
Aprumos Anormais
Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
Garrotilho, Gurma - adenite eqüina
Sintomas: Corrimento nasal acompanhado de tosse; gânglios faringianos, sub-linguais, submaxilares e proparotídeos aumentados, dificultando a respiração, podendo asfixiar.
Lesões: abscessos contando pus cor creme na região faríngea; baço aumentado com focos purulentos.
Material para exame: em geral não é necessário, pois é fácil o diagnóstico pelos sinais clínicos.
Profilaxia: desinfecção dos boxes, baias, bebedouros, cochos e demais instalações e vacinação.
Tratamento: isolar os doentes e manter em observação os suspeitos; vacinar.
Lesões: abscessos contando pus cor creme na região faríngea; baço aumentado com focos purulentos.
Material para exame: em geral não é necessário, pois é fácil o diagnóstico pelos sinais clínicos.
Profilaxia: desinfecção dos boxes, baias, bebedouros, cochos e demais instalações e vacinação.
Tratamento: isolar os doentes e manter em observação os suspeitos; vacinar.
Matérias só Cavalo
- CARACTERÍSTICAS:
- Temperatura em ºC= 37,5 - 38,5
- Pulsações normais por min (animal em descanso) = 28 - 42
- Respiração normal movimentos por min (animal em descanso) = 8 - 15
- Altura Média - 1,50m a 1,60 m
- Peso médio - 330 kg a 550 kg
- Tempo de vida - até 30 anos
- Vida últil - 4 aos 20 anos
- Gestação - 11 meses ou 336 dias
- Alimentação - capim e ervas quando no pasto. Os cavalos também são alimentados com ração industrializada, milho e farelo.
Os eqüideos são representados hoje por um pequeno número de espécies entre as quais são utilizadas no Brasil o cavalo, o jumento e seu híbrido (burro ou mula).
Os Eqüídeos são animais de talhe médio, cabeça fina e alongada, pescoço musculoso e pernas delicadas. Seus olhos mostram-se grandes e vivos, as orelhas pontudas e móveis e as narinas muito abertas. O corpo, bastante arredondado, apresenta-se coberto de pêlo curto e liso que se alonga na cauda e na tábua do pescoço, onde forma a crina. O esqueleto é caracterizado pelo crânio longo, do qual a caixa craniana ocupa apenas um terço, sendo o resto constituído pela face.
Todos os eqüídeos são vivos, alegres e inteligentes, são animais gregários e se mostram ativos durante o dia. Os eqüídeos possuem somente o dedo central, os demais desaparecem. A última falange deste dedo único é cercada por uma formação córnea que não pode ser chamada casco.
O casco é constituído por 3 camadas superpostas, de diferente qualidade. A camada interna assegura o contato com a terceira e última falange: é a camda geradora do tecido córneo. Essas três camadas, diferentes mas estreitamente solidárias, formam um conjunto muito estável, de elasticidade relativa e extremamente resistente.
Os eqüídeos possuem 6 incisivos em cada maxilar: 2 centrais (as piças), 2 intermediários (os medianos) e 2 laterais (os cantos). Este aspecto permite aos compradores de cavalos avaliar com precisão a idade do cavalo.
Apesar de todos os cavalos pertecerem à mesma espécie (Equus caballus), o homem interveio para modificar os caracteres da raça sempre pensando na sua utilização e beleza. Hoje existem mais de 100 raças diferentes de cavalos em todo o mundo.
Na maioria das espécies de animais a cor de cada raça apresenta várias misturas mais ou menos uniformes, não variando mesmo sob influência de idade, clima etc. A pelagem é o conjunto de pêlos, de uma ou de diversas cores, espalhados pela superfície do corpo e extremidades, em distribuição e disposição variadas, cujo todo determina a cor do animal. Apesar de haver muitos matizes diferentes, todas as pelagens agrupam-se inicialmente em três modalidades ou categorias: simples, compostas e conjugadas, cada uma delas com suas divisões e, que no total, forma 76 pelagens diferentes.
Simples - São as pelagens formadas por pêlos e crinas da mesma cor.
Compostas - Pêlos bicolores misturados, com crina e cola diferentes.Conjugadas - Malhas e pintas de contorno irregular, mescladas com branco.
O período médio de prenhez da égua é de 11 meses. Meia hora depois de nascido, o potro está de pé e se aconchegando à mãe para a primeira mamada. Uma vez em pé, embora incerto das pernas, ele já é capaz de acompanhar a mãe. As éguas chegam na "adolescência" entre 15 e 25 meses, podendo procriar com dois a três anos, embora quatro sejam mais aceitáveis. Os machos, muitas vezes, são sexualmente potentes já com um ano de idade; contudo, na domesticidade, não são usados como reprodutores antes dos três ou quatro anos. Maduro aos cinco ou seis, um cavalo pode viver 20, 30 anos e até mais.
O cavalo vem sendo utilizado, pelo homem, de várias maneiras diferentes: esporte, lazer e trabalho. Para ser utilizado é preciso que o cavalo seja adestrado e depois domado para que se possa montar. São quatro os andamentos naturais do cavalo, ou seja, a maneira como ele se desloca quando está em movimento. São eles: passo, trote, cânter (meio-galope) e galope. Existe também os andamentos adquiridos, por adestramento e, artificiais, que são os da alta escola de Viena.
O PASSO - o passo é o andamento natural, a quatro tempos, marcado pela progressão sucessiva de cada par lateral de pés. Quando a marcha começa com a perna posterior esquerda, a sequência é a seguinte: posterior esquerda, dianteira esquerda, posterior direita, anterior direita. No passo calmo, os pés de trás tocam o solo adiante das pegadas feitas pelos pés da frente. No passo ordinário, os passos são mais curtos e mais elevados, e os pés de trás tocam o solo atrás das pegadas dos pés dianteiros. No alongamento, os pés de trás tocam o chão antes das impressões dos pés da frente. No livre, todo o esquema é prolongado.
O TROTE - O trote é o andamento simétrico, a dois tempos em que um par diagonal de pernas toca o solo simultaneamente e, depois de um momento de suspensão, o cavalo salta apoiado no outro par diagonal. Por exemplo: no primeiro tempo, o pé anterior esquerdo e o pé posterios direito pousam no solo juntos (diagonal esquerda). No segundo tempo, o pé dianteiro e o pé traseiro esquerdo pisam juntos (diagonal direita). No trote, o joelho jamais avança à frente de uma linha imaginária perpendicular tirada do topo da cabeça do animal até o solo. As estilizações supremas do trote são o piaffer, em que o cavalo, sem avançar, fica batendo no chão, alternamente, com os pés dianteiros; a passagem em que ele se desloca para o lado, trocando os pés, sem avançar.
O CÂNTER - O Cânter (do inglês canter - andar a meio galope) é um andamento a três tempos, em que o cavalo avança com a perna dianteira direita quando gira para a direita e vice-versa. Quando o cavalo tenta virar para a esquerda avançando com a perna dianteira direita, portanto, a do lado de fora no mvimento, esse avanço é chamado um " avanço falso" ou cânter com a perna errada. A seqüência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no chão são, quando o movimento se inicia com a perna dianteira direita: posterior equerda, esquerda diagnol (em que as pernas dianteiras direita e traseira esquerda, tocam o solo simultaneamente) e, por fim, perna dianteira direita - dita "de guia".
O GALOPE - O galope é o mais rápido dos quatro andamentos naturais. Descrito habitualmente como uma andamento a quatro tempos, sofre variações na seqüência de acordo com a velocidade. Com a perna dianteira direita na liderança, a seqüência de pisadas é a seguinte: posterior esquerda, posterior direita, dianteira esquerda, dianteira direita, ao que se segue um período de suspensão total, em que todos os pés estão no ar. Um puro-sangue inglês galopa a 48 km/h ou mais. O pé mais avançado toca no chão em linha com o nariz, mesmo que, estirada a perna ao máximo, o pé fique no ar à frente dessa linha.
O CAVALO NO BRASIL
A introdução do cavalo na América é atribuída a Colombo em sua segunda viagem realizada em 1493 à ilha de São Domingos. Posteriormente o cavalo foi introduzido em 1534 na capitania de São Vicente, por D. Ana Pimentel, esposa de Martim Affonso de Souza.
A partir daí o cavalo foi introduzido no Brasil em épocas diferentes e, 1808, D. João VI veio para o Brasil trazendo a sua coudelaria do Alter Real (uma raça de cavalo). Esta raça desempenhou um papel importante na formação dos nossos melhores cavalos de sela: Mangalarga e o Campolina.
As raças desenvolvidas no Brasil, desde a época do Império, são: o Mangalarga, Crioula brasileira e o Campolina.
Pelagens e Fotos de cavalos